A vida artística não pode ser construída somente em torno da espera. A inspiração está fora de nosso controle e pode ser difícil achá-la. É preciso esforço, e os convites têm de ser ampliados.
As epifanias se escondem nos momentos mais corriqueiros: uma sombra que se manifesta, o cheiro do fósforo que se acende, uma frase incomum entreouvida ou mal-ouvida. A dedicação à prática de estar presente regularmente é o principal requisito.
Para variar a inspiração, pense em variar a entrada de dados.
Esse é um trecho do livro O Ato Criativo, de Rick Rubin, e me bateu como um lembrete importante para uma prática que eu por vezes deixo de lado: consumir coisas novas.
Eu acredito que não dá para ter novas ideias sem entrar em contato com novas informações. Nosso cérebro é como um armário de roupas e a quantidade de looks é proporcional à quantidade de roupas que temos. Se queremos novas combinações, precisamos de novas roupas. Novos dados.
Sair para caminhar para um outro lado, ver um filme diferente, clicar em um link que você geralmente não clicaria, ler um livro sobre um assunto novo, seguir novas pessoas e beber uma cerveja com amigos pode ser muito mais proveitoso criativamente do que encarar uma folha em branco por 3 horas esperando que um novo insight surja à força.
Tá sem ideias? Faça coisas novas.
Espero que gostem dos links:
Caminhar olhando o celular muda sua forma de andar e pode ser perigoso.
Filosofia de beco no Japão: você não vai vencer na vida.
Textão looongo e bem interessante sobre um delírio coletivo chamado reuniões em excesso.
Comprar ou alugar um imóvel, o que é melhor? Não que a gente tenha dinheiro para comprar um, mas ainda assim acho a pergunta intrigante kkkkk
Para quem ama stand up comedy assim como eu, recomendo o documentário George Carlin’s American Dream, que investiga a vida desse comediante genial que revolucionou a comédia mais de uma vez.
Fontes de computador dialogando entre si e o trabalho genial de Elle Cordova. #humor
Por que estamos mais exaustos do que nunca? The Great Exhaustion está aí.
Dica de news: em um mundo onde só o sucesso importa, Natália Pegoraro tenta ressignificar a palavra fracasso e faz isso de forma linda com a FailWise. Super recomendo.
“Just because it’s taking time doesn’t mean it’s not happening.” — Thomas Lélu
<3
Excelente. É se abrir pro novo.
adorei a analogia com o guarda-roupa, até porque não é só sobre conseguir novos dados, mas saber como usar e até experimentar de formas diferentes. :)
gostei muito das referências de hoje. fracasso tem sido um tema recorrente na minha cabeça e me consumindo mais do que deveria. obrigada.